Postado em 10/01/2020
A mononucleose, também conhecida como mononucleose infecciosa, mono ou doença do beijo, é uma infecção causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitido através da saliva, que provoca sintomas como febre alta, dor e inflamação da garganta, placas esbranquiçadas na garganta e ínguas no pescoço.
Este vírus pode provocar infecção em qualquer idade, mas é mais comum causar sintomas apenas em adolescentes e adultos, sendo que as crianças normalmente não apresentam sintomas e, por isso, não precisam de tratamento. Embora a mononucleose não tenha um tratamento específico, tem cura e desaparece após 1 ou 2 semanas. O único tratamento recomendado inclui repouso, ingestão de líquidos e uso de remédios para aliviar os sintomas e acelerar a recuperação da pessoa.
Os sintomas de mononucleose podem aparecer 4 a 6 semanas após o contato com o vírus, no entanto esse período de incubação pode ser menor de acordo com o sistema imunológico da pessoa. Assinale os sintomas a seguir para saber se há risco de estar com mononucleose:
1. Febre acima de 38º C
2. Dor de garganta muito intensa
3. Dor de cabeça constante
4. Cansaço excessivo e mal-estar geral
5. Placas esbranquiçadas na boca e língua
6. Ínguas no pescoço
Os sintomas de mononucleose podem ser facilmente confundidos com gripe ou resfriado, por isso caso os sintomas durem mais de 2 semanas, é importante ir ao clínico geral ou infectologista para que seja feita a avaliação e possa se chegar ao diagnóstico.
Como é feito o diagnóstico:
O diagnóstico da mononucleose é feito através da avaliação pelo médico dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa. Os exames laboratoriais só são indicados quando os sintomas são pouco específicos ou quando é necessário realizar o diagnóstico diferencial com outras doenças causadas por vírus.
Assim, pode ser indicada a realização do hemograma, em que pode ser observada linfocitose, presença de linfócitos atípicos e diminuição do número de neutrófilos e plaquetas. Para confirmação do diagnóstico, é recomendada a pesquisa de anticorpos específicos presentes circulantes no sangue contra o vírus responsável pela mononucleose.
Como se pega mononucleose:
A mononucleose é uma doença que pode ser facilmente transmitida de uma pessoa para outra por meio da saliva, principalmente, sendo o beijo a forma mais comum de transmissão. No entanto, o vírus pode ser espalhado no ar através de gotículas que são liberadas no espirro e na tosse. Além disso, a partilha de copos ou talheres com uma pessoa infectada também pode levar ao surgimento da doença.
Tratamento para mononucleose:
Não existe um tratamento específico para a mononucleose, uma vez que o corpo é capaz de eliminar o vírus. No entanto, é recomendado ficar de repouso e ingerir muitos líquidos, como água, chás ou sucos naturais para acelerar o processo de recuperação e evitar o surgimento de complicações, como inflamação do fígado ou aumento do baço.
No entanto, em alguns casos, o médico pode optar por indicar medicamentos para alívio dos sintomas, podendo ser recomendado o uso de analgésicos e antipiréticos, como Paracetamol ou Dipirona, para aliviar a dor de cabeça e o cansaço, ou anti-inflamatórios, como o Ibuprofeno ou o Diclofenaco, para aliviar a dor de garganta e reduzir as ínguas. No caso de surgirem outras infecções, como amigdalite, por exemplo, o médico pode ainda indicar o uso de antibióticos, como a Amoxicilina ou Penicilina.
Possíveis complicações:
As complicações da mononucleose são mais comuns em pessoas que não fazem o tratamento adequado ou que apresentam um sistema imune enfraquecido, permitindo que o vírus se desenvolva mais. Estas complicações normalmente incluem o aumento do baço e inflamação do fígado. Nestes casos, é comum o surgimento de dores intensas na barriga e inchaço do abdômen. Além disso, podem ainda surgir complicações mais raras como anemia, inflamação do coração ou infecções no sistema nervoso central, como meningite, por exemplo. Dessa forma, é recomendado consultar um clínico geral para iniciar o tratamento adequado.
O ASSIM SAÚDE dá
dicas importantes para você estar atento aos sinais de doenças.